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Camarão da Luzia – Lençóis Maranhenses

Nas margens dos Lençóis Maranhenses existe um lugar lindo em particular: o Canto do Atins. É um pedaço do paraíso na Terra. De um lado, as brancas dunas de areia fina que esbarram no rio de águas doces. Do outro, o mar aberto que se derrama em uma praia povoada por aves migratórias.
Entre as dunas e a praia deserta, está o Restaurante e Pousada da Luzia. Coberto de palhas de buriti, o local – dividido por meias-paredes de alvenaria – é varado pelo vento que brinca entre as ondas e as dunas. Algumas redes espalhadas pelo recinto dividem a área do restaurante, Um cenário inigualável. Sem luz elétrica, TV, computador…

É nesse recanto que temos um dos mais deliciosos pratos que se pode experimentar: o camarão da Luzia, famoso pelo mundo afora.

A iguaria preparada pela proprietária Luzia Diniz Santos é capaz de atrair pessoas vindas dos mais distantes lugares, tais como Europa, América do Norte, Ásia. Basta ver os cardápios desenhados em folhas de papel pregadas em uma das paredes do recinto.

São apenas quatro opções no menu, mas é o camarão que faz a fama do lugar. Ah, um detalhe: cada prato guarnecido com arroz e salada sai por quinze reais. A receita do camarão é um segredo guardado a sete chaves. “Foi um desafio de um chef, que propôs a alguns cozinheiros que criassem um novo prato com frutos do mar”, explica ela. Luzia não titubeou: a partir do camarão branco grande, abundante na região e capturado pelos pescadores artesanais, ela desenvolveu um molho em que o crustáceo é marinado, antes de seguir para uma grelha sobre fogo de lenha.

A técnica de preparo do camarão exibida passo-a-passo exclusivamente para nós não deixa dúvidas: tem uma mestra ali. Lavados e cortados pelo dorso, os camarões são banhados no limão e depois repousam no molho secreto da chef maranhense, um misto de manteiga de garrafa, urucum e outros mistérios não revelados.

Depois de marinados, os camarões seguem para grelhar em fogo vivo por alguns minutos.

É Luzia quem comanda tudo com o rigor dos chefs mais exigentes. Tudo tem de estar limpo, pronto e à mão da autora, que se esmera em mostrar todo o asseio, apesar da simplicidade franciscana do lugar. A ajudante e a filha correm de um lado para o outro para atender à chef. Tudo sai como ela determina. O cheiro do camarão lambido pelas labaredas aumenta ainda mais a curiosidade. O que vem lá?

Minutos depois, o prato vai para a mesa, ornado com flores que nascem ali mesmo no quintal. É o momento supremo da criação. Luzia abre a tampa que cobre o prato e oferece a comida. Primeiro a visão: um apelo; depois o aroma: sedução. Por último, o sabor: extraordinário. O que é aquilo? Como pode um camarão ser tão magnífico?
Será o encanto do lugar? O mistério? O sabor de um alimento colhido a poucos metros do restaurante? As quase três horas em que passamos em cima de uma moto, cruzando o areal para chegar até lá? Talvez tudo isso e mais a certeza de que em algum lugar distante neste planeta lindo alguém trata o alimento como um ofício sagrado, oferecido aos peregrinos “do gosto”, que comem em estado de graça!

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